quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

BioCombus: projeto de investigação premiado no GPA em 2011 vai ser implementado em Murça



Cooperativa de Olivicultores de Murça avançou recentemente com a produção de biomassa, a partir de resíduos e efluentes dos lagares de azeite e com pó de cortiça. O projeto, desenvolvido pelo investigador João Claro, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, foi premiado pelo GPA Portugal em 2011, na categoria Investigação e Desenvolvimento.

O objetivo do projeto é resolver dois problemas em simultâneo: juntar os resíduos e efluentes, resultantes dos setores oleícola e da cortiça, transformando-os embiomassa, que pode ser utilizada como combustível sólido.

 A Cooperativa Agrícola dos Olivicultores de Murça foi o local escolhido para a implementação do projeto denominado BioCombusJosé Aires, diretor da Cooperativa, revela que “já foram feitos testes ao equipamento e para a semana o sistema deve estar a funcionar”.

“É uma mais-valia para a cooperativa, para o ambiente e para os agricultores”, frisa.

O processo dará origem a um produto - pellets - que revela um poder calorífico dos mais elevados existentes no mercado em termos de biomassa e que tem muita procura. “Ligou-me um amigo que queria 300 toneladas", refere José Aires.

 Nesta primeira fase serão apenas transformados os resíduos resultantes da laboração da Cooperativa de Olivicultores de Murça, mas a ideia de José Aires é diversificar as fontes de rendimento da instituição - “criar mais um ramo de negócio e acolher e transformar os resíduos de outras cooperativas e de particulares”.

O projeto BioCombus, agora implementado na Cooperativa de Olivicultores de Murça, foi premiado pelo Green Project Awards, em 2011. A linha de produção custou cerca de meio milhão de euros e foi financiada por fundos comunitários.
 

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