domingo, 22 de julho de 2007

União Europeia quer indústria competitiva e sustentável

União Europeia quer indústria competitiva e sustentável
21.07.2007 - 17h38 Lusa

Uma indústria europeia competitiva e sustentável a nível ambiental, o aumento do emprego e o apoio às pequenas e médias empresas foram objectivos definidos hoje, em Lisboa, pelos ministros da Economia da União Europeia (UE).

Os ministros da Economia e da Indústria dos 27 Estados-membros da UE e o comissário europeu do sector, Gunter Verheugen, estiveram reunidos ontem e hoje na sede da presidência europeia, no Pavilhão Atlântico, a debater soluções para o reforço da competitividade da Europa.

No final dos trabalhos, o comissário europeu salientou que a "reestruturação da base industrial", no sentido do reforço da sua competitividade e eficácia e também da sua sustentabilidade face ao ambiente, é um dos objectivos políticos "mais difíceis e mais importantes" para as gerações actuais, mas sobretudo para as futuras.

"Esqueçam a ideia antiquada de que há uma contradição entre o padrão ambiental e a competitividade porque pode alcançar-se a competitividade e simultaneamente criar mais empregos, aceitando as necessidades do futuro, que passam por dar resposta aos problemas das alterações climáticas, de uma economia com baixas emissões de CO2 e das questões energéticas", afirmou Verheugen.

O comissário europeu defendeu que esta realidade tem de ser encarada como "uma oportunidade e não como uma ameaça", até porque a "situação económica da União Europeia está em fase de recuperação", que qualificou de "tempo de 'vacas gordas'", não havendo por isso "lugar para desculpas".

"Temos de estar cientes de que esta reforma é em parte resultado das reformas da agenda económica europeia", disse o comissário, alertando no entanto para o facto de não se poder medir "qual é a parte cíclica e qual a parte estrutural" desta realidade.

Documento sobre futuro da indústria concluído até final do ano

O comissário e também vice-presidente da Comissão Europeia afirmou estar já a ser preparado um documento orientador sobre o futuro da indústria europeia e a política energética, que estará concluído antes do final do ano.

Por sua vez, o ministro português da Economia e Inovação, Manuel Pinho, que presidiu à reunião, reiterou que Portugal tem uma das metas mais ambiciosas em termos de energias renováveis, esperando que, em 2010, 45 por cento da produção de electricidade seja renovável.

"O sector da floresta, que inclui a biomassa, a pasta de papel, o papel aglomerado de madeira e a cortiça, tem um desafio específico", disse Pinho.

"Por um lado, pretende-se emitir menos CO2 nas fábricas, por outro, a matéria-prima que é a madeira tem uma grande concorrência por parte dos produtores de biomassa", afirmou também Manuel Pinho.

Motivos pelos quais defendeu "uma solução atempada", sob pena de a indústria perder competitividade em 2015/2020.

Por isso, acrescentou, já existem medidas concretas, como o aumento da área plantada, a definição de uma política comercial, a definição do que é a biomassa (certificação), entre outras. Publico

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